Páginas

quarta-feira, 30 de março de 2011

Descobrimento do brasil

o descobrimento do brasil


  A descoberta do novo caminho para as Índias provocou festas e alegrias na corte portuguesa.  Afinal, Vasco da Gama retornou, em 1.499, com um carregamento que pagou em sessenta vezes o custo da expedição. Diante do grande sucesso da expedição, o rei de Portugal, D. Manuel, resolveu enviar às Índias uma poderosa esquadra, a fim de estabelecer uma sólida relação comercial e político com os povos do Oriente. Seis meses depois, a esquadra estava pronta para zarpar e era, sem dúvida, a mais bem aparelhada que Portugal já havia organizado. Compunha-se de 13 navios e conduzia, aproximadamente, 1.500 pessoas. Faziam parte da tripulação experientes navegadores, como Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho, Gaspar de Lemos, além de padres, soldados e comerciantes. O comando da esquadra foi entregue ao fidalgo português Pedro Álvares Cabral.
A esquadra partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1.500. No dia 22 de abril, ao entardecer, um monte alto e redondo foi avistado e ao sul dele, uma extensa faixa de terras baixas, repleta de arvoredos. Como era semana de Páscoa, o monte recebeu o nome de Monte Pascoal e a terra foi batizada de Vera Cruz. Posteriormente, alteraram-lhe para a Terra de Santa Cruz, que permaneceu por muito tempo. A partir de 1.503, aproximadamente, deu-se à nova terra o nome do Brasil, devido à grande quantidade de uma árvore chamada pau-brasil existente em sua faixa litorânea. No dia 23  de abril, a esquadra de Cabral estabeleceu os primeiros contatos com os indígenas brasileiros, por meio do comandante Nicolau Coelho. 
   A carta do escrivão Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei de Portugal, é um precioso documento histórico da viagem de Cabral ao Brasil. Seu texto é rico em informações sobre os primeiros contatos com os indígenas, a geografia do lugar onde os navios ancoraram, e as impressões gerais dos portugueses relativas às possibilidades da terra.  
      Portugal enviou para o Brasil algumas expedições destinadas ao reconhecimento da terra e à manutenção de sua posse. 



inicio da colonização


      As expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques trouxeram pouquíssimos resultados no sentido de enviar as constantes investidas dos contrabandistas estrangeiros. Com isso, Cristóvão Jacques declarou ao rei de Portugal que a única medida eficiente para garantir a posse da terra e acabar com o contrabando era desenvolver a colonização ( ocupação e povoamento). Por essa razão, podemos dizer que a colonização brasileira foi motivada de início, por preocupações, sobretudo políticas. Visava-se, através do povoamento, preservar a posse já então disputada pelo Corsários , Holandeses, Ingleses e Franceses.
      Os fatores de ordem econômica também contribuíram para que Portugal resolvesse dar início à colonização do Brasil. O comércio português no Oriente começava a entrar em declínio. As despesas de Portugal com os transportes marítimos e os gastos com a manutenção dos entrepostos orientais foram, com o tempo, consumindo os lucros originários desse comércio. Assim, Portugal sentiu que precisava buscar novas alternativas comerciais e o Brasil começou a ser visto como opção. Então foi enviada a expedição de Martim Afonso.

indigenas brasileiros


Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1.500, os índios se agrupavam em várias tribos. Embora as nações indígenas apresentassem diferenças de costumes, línguas, crenças, organização social e familiar, havia muitos aspectos em comum entre elas. 
 
A COMUNIDADE INDÍGENA NO BRASIL
      A vida na comunidade indígena unia seus membros, pois a terra pertencia a todos, todos trabalhavam e todos tinham consciência do seu papel na divisão do trabalho, que era executado de acordo com o sexo e a idade. Os índios domesticavam animais. Sua alimentação provinha da caça da pesca, da coleta de frutos e raízes e do cultivo de alguns produtos. Tudo o que era obtido na caça, na pesca, na coleta e nas plantações era dividido igualmente entre as pessoas da comunidade.  Os tipos de casamento variavam de uma tribo para outra. Os índios não castigavam seus filhos, pois havia entre pais, filhos e irmãos um respeito e um amor muito fortes. As meninas brincavam e ajudavam suas mães nos afazeres domésticos e no cuidado com os irmãos menores. 
  Os meninos caçavam pequenos animais, imitando os mais velhos.
  O índio era também um extraordinário artista. Sua arte refletia na música, dança, confecção de redes, esteiras e cestos com desenhos de singela beleza, na cerâmica, na pintura do corpo para as festas e rituais religiosos e guerreiros, na confecção e pintura de adornos feitos de penas de aves,entre outras atividades.



A RELIGIÃO E A HERANÇA CULTURAL INDÍGENA

     Os índios adoravam várias divindades. Mas também eram muitas as contribuições culturais deixadas do povo indígena para o povo brasileiro.

A ESCRAVIDÃO DOS INDÍGENAS
 
      Os primeiros portugueses que chegaram ao Brasil, mantiveram um contato amistoso com os índios, pois precisavam deles para trabalhar na extração do pau-brasil e para defender o litoral dos contrabandistas principalmente franceses. Mas, com o aumento do número de portugueses, as relações entre o branco e o indígena marcaram-se pelo extermínio das populações nativas que se rebelaram contra a escravidão e o roubo de suas terras. 
    Os índios reagiram porque os portugueses roubavam-lhes as terras, atacavam suas mulheres, tiravam-lhes a liberdade e transmitiam-lhes doenças, algumas vezes causando a morte de todos os habitantes de uma aldeia.      Apesar da resistência, milhares de índios foram escravizados no período colonial pelos portugueses, que usavam armas de fogo para dominar as populações indígenas. Nessa época, os portugueses escravizaram os índios para forçá-los a trabalhar na lavoura canavieira e na coleta de cacau nativo, baunilha, guaraná, pimenta, cravo, castanho-do-pará e madeiras, entre outras atividades. 
     Não foi apenas no Brasil que os portugueses mataram índios. Também na África e na Ásia eles foram responsáveis pela morte de milhares de seres humanos. 
     Dos aproximadamente 4 milhões de índios que habitavam o Brasil na época da chegada de Cabral, restam hoje mais ou menos 200 mil, sobrevivendo em condições precárias e sob constante ameaça, principalmente dos garimpeiros.